Bebês que chupam o dedo: o que é natural e quando se preocupar

Chupar o dedo pode até parecer natural dentro do desenvolvimento do bebê, mas em alguns casos pode requerer um pouco de atenção

Por Redação Pais e Filhos
Atualizado em 19 mar 2025, 17h05 - Publicado em 15 mar 2025, 17h00
Bebê tomando banho
 (pch.vector/Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

Desde a vida intrauterina, é comum que os bebês chupem o dedo. A partir do oitavo mês de gestação, muitos ultrassons já registram essa cena, mostrando que esse comportamento é instintivo e traz conforto para o bebê. Quando nascem, essa prática continua, funcionando como uma forma natural de se acalmar, especialmente quando a mãe ou o cuidador não estão imediatamente disponíveis para atender às necessidades do pequeno.

Chupar o dedo é um reflexo de sucção que, além de tranquilizar, pode ajudar o bebê a se sentir seguro. Diferentemente da chupeta, que muitas vezes é oferecida para dar sossego aos pais, o dedo está sempre acessível e não se perde durante a noite. No entanto, é importante observar até quando esse hábito se mantém, já que pode trazer impactos para a saúde bucal se prolongado por muito tempo.

Quando chupar o dedo pode se tornar um problema

Até os 3 anos, chupar o dedo é considerado normal e não costuma trazer grandes complicações. Mas se o hábito persiste após essa idade, ele pode começar a afetar o desenvolvimento da arcada dentária. A pressão constante do dedo nos dentes da frente pode causar desalinhamentos, prejudicando a mordida e até a fala da criança. Além disso, a respiração também pode ser afetada, especialmente se a criança passa a manter a boca mais aberta.

Esse impacto no desenvolvimento oral é uma das razões pelas quais muitos especialistas orientam os pais a incentivar a criança a abandonar o hábito antes de os dentes permanentes começarem a nascer.

Como ajudar a criança a parar de chupar o dedo

Forçar a criança a parar de chupar o dedo de maneira brusca pode ser contraproducente e gerar ainda mais ansiedade, intensificando o hábito. Em vez disso, algumas estratégias simples e carinhosas podem ajudar:

Continua após a publicidade
  • Reforço positivo: elogiar a criança quando ela estiver brincando ou distraída sem levar a mão à boca.
  • Distração com atividades: oferecer brinquedos ou atividades que envolvam as mãos, como massinha ou pintura, para manter os dedos ocupados.
  • Atenção às emoções: se o hábito parece mais forte em momentos de tensão, pode ser um sinal de que a criança precisa de mais atenção, colo ou apoio emocional.
  • Rotinas relaxantes: criar momentos de relaxamento antes de dormir, com histórias ou músicas calmas, para diminuir a necessidade de buscar conforto no dedo.

Quando buscar ajuda profissional

Se, mesmo com tentativas gentis de interromper o hábito, a criança continua chupando o dedo de maneira intensa ou se já apresenta alterações na mordida, vale a pena buscar orientação de um odontopediatra. Em alguns casos, o profissional pode recomendar técnicas específicas ou até dispositivos que ajudam a diminuir a frequência do comportamento, sem causar sofrimento à criança.

Além disso, se o hábito estiver claramente ligado a inseguranças ou mudanças na rotina, conversar com um psicólogo infantil pode ser útil para entender e acolher as emoções que levam a essa necessidade de autoacalmar-se.

Chupar o dedo é uma fase natural do desenvolvimento infantil, mas acompanhar de perto e agir com paciência e carinho é a chave para ajudar a criança a superar esse hábito no momento certo. Com atenção e afeto, é possível fazer essa transição de forma leve, sem traumas ou punições.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.