Ajudar nas tarefas domésticas é importante para o desenvolvimento infantil

Ajudar em tarefas adequadas para a idade ajuda a criar noções de responsabilidade, educação, além de reforçar a autoestima

Por Gabriel Bortulini
27 dez 2024, 07h00
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Ajudar em casa é bom para o senso de responsabilidade, desde que as tarefas sejam adequadas à idade e não prejudiquem o estudo (Freepik/Reprodução)
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Alguns adultos evitam incluir as crianças no dever doméstico, pela noção equivocada de que qualquer tarefa doméstica é uma forma de trabalho.

No entanto, não há nada de errado nisso, desde que as tarefas não atrapalhem a rotina de estudos e nem caracterizem a forma de sustento da família (o que, aí sim, seria considerado trabalho infantil).

Aliás, o estímulo aos afazeres domésticos é benéfico em vários sentidos para o desenvolvimento da criança.

Atividades apropriadas para a idade

A noção de estar contribuindo para as tarefas cotidianas é um estímulo para os pequenos, uma forma de valorização do esforço. Ou seja, é uma maneira de torná-las parte do mundo ao redor — o mundo dos adultos, que pode ser bastante desafiador, principalmente quando a diferença de idade é demarcada com constância.

O importante é que as atividades sejam apropriadas para a idade de cada criança, sem exigir responsabilidades incompatíveis com a faixa etária, mas sem subestimar suas capacidades.

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O simples ato de incentivá-las a guardarem os brinquedos quando não estão usando — e isso pode começar muito cedo, com 2 ou 3 anos — já é uma forma de contribuir para as tarefas de casa.

Mais tarde, com 4 ou 5 anos, os pequenos já são capazes de arrumar a cama, ajudar a organizar as roupas e retirar o lixo do banheiro, por exemplo. Com mais de 6 anos, já é possível lavar ou secar a louça quando supervisionados por adultos, ajudar com a organização dos alimentos e compras, entre outras tarefas.

Benefícios de ajudar na casa

Alguns dos benefícios das atividades domésticas para o desenvolvimento das crianças são:

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Responsabilidade: essas atividades exigem noção de responsabilidade, criando um senso de comprometimento com as obrigações;

Autoestima: para delegar tarefas, é preciso confiar na capacidade do outro. Com as crianças não é diferente: elas se sentem valorizadas quando os adultos não subestimam suas habilidades e, por consequência, reforçam a própria autoestima;

Autonomia: por mais que as atividades domésticas sejam supervisionadas por adultos, a prática contribui para a construção da independência e da autonomia. Aos poucos, os pequenos se tornam mais propositivos e capazes de resolver problemas por conta própria;

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Aprendizado: as tarefas domésticas são múltiplas e envolvem diferentes tipos de conhecimento. O hábito exige e possibilita o aprendizado de novas habilidades, que serão úteis pelo resto da vida;

Organização e planejamento: as atividades domésticas evidenciam a organização como ferramenta de bem-estar e ensinam a importância do planejamento para tornar as tarefas mais eficientes;

Valorização do trabalho doméstico: conforme a criança se habitua a realizar algumas tarefas domésticas, ela também aprende a valorizar o esforço e o cuidado que esse trabalho exige.

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