Berço, poltrona de amamentação e trocador. Esse é o trio de móveis mais importante do quartinho do bebê. Porém, se o cômodo não tem espaço suficiente para todos eles, não se preocupe, sempre dá para adaptar! Uma das saídas mais práticas e inteligentes é levar o trocador para dentro do armário.
“A solução tem baixo impacto, é reversível – ou seja, quando o bebê crescer, o nicho recupera a antiga função dentro do guarda-roupa – e é econômica”, lista Isabella Fernanda Alves Soares, do escritório Módulo 4 Arquitetura.
A seguir, tudo o que você precisa saber para planejar o trocador embutido.
Que parte do armário escolher?
Os guarda-roupas geralmente têm um layout interno padronizado. “O ideal é eleger o nicho que normalmente fica em cima do gaveteiro, inicialmente projetado para ser cabideiro”, recomenda Isabella.
Ainda dá para aproveitar a barra superior para pendurar o porta-fralda e outros acessórios de organização.
Qual é a altura ideal para o trocador?
“A ergonomia deve levar em conta a estatura do cuidador do bebê, mas uma altura média recomendada vai de 80 cm a 85 cm. Precisamos lembrar que ainda haverá a soma da espessura do colchão trocador”, orienta a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Quais são as medidas mínimas de conforto?
“Muito além de calcular que ali dentro deve caber o bebê com conforto, é preciso lembrar que é necessário um espaço para manusear a criança”, alerta Cristiane. Ela explica que o ideal seria 1,20 m de largura, mas que a partir de 0,90 m é possível montar um trocador embutido.
“Considero ainda uma profundidade de 50 cm e altura de 1 metro dentro do nicho para a área ficar funcional”, diz Isabella.
Se precisar de mais espaço interno, há a opção de um extensor para acoplar à base do armário.
Como iluminar?
O problema de contar somente com a luz do quarto é que você certamente fará sombra no trocador dentro do armário. Sendo assim, o mais indicado é ter um ponto de luz no interior do nicho.
A dica aqui é escolher uma luz fraquinha, indireta, que não incomode o bebê e seja eficiente. Uma fita de LED aplicada na parte superior resolve a questão.
“Outra alternativa, se houver um ponto de energia por perto, é uma luminária dimerizável, que permite o ajuste da intensidade da luz de acordo com o momento. À noite, por exemplo, você não clareia o cantinho a ponto de atrapalhar o sono do bebê”, aconselha a arquiteta Júlia Guadix, do escritório Liv’n Arquitetura.
Tirar ou não tirar as portas, eis a questão
“Se o armário tiver portas de correr, não é preciso mexer nelas, desde que quando um lado estiver aberto, ele deixe toda a área do trocador liberada”, explica Júlia.
Já se o guarda-roupas tiver o modelo tradicional de abrir, o melhor é remover. Vale guardar a porta para reinstalar mais tarde, quando o trocador não for mais necessário.
Viu só como é viável? Com bom planejamento sempre dá para otimizar os espaços pequenos.