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Fernanda Machado faz desabafo após ser julgada em foto do filho dormindo

Por Nathália Florencio
Atualizado em 28 out 2016, 13h59 - Publicado em 26 out 2015, 12h02

Desde o início da gravidez, a atriz Fernanda Machado tem compartilhado sua experiência da maternidade nas redes sociais. Após o nascimento do filho, Lucca (que chegou ao mundo no dia 26 de junho de 2015), momentos da rotina com o pequeno continuaram com um espaço garantido no perfil dela no Instagram. Neste domingo, 25, ela resolveu mostrar uma soneca do seu bebê e a foto causou polêmica. Na imagem, Lucca aparece dormindo com a cachorrinha de estimação da família, Cali, e um travesseiro – o que foi suficiente para muitos seguidores confundirem com um protetor de berço e criticarem a atitude de Fernanda. “Cuidado para não asfixiar o menino com tanta coisa nesse berço” foi um dos comentários que a atriz recebeu. Outra mulher escreveu: “Seu bebê não está correndo risco de sufocamento? Li muito a respeito e desaconselham protetores de berço, ursinho… Recomendam uma tela de proteção para o berço, para o bebê não prender o bracinho na grade”.

Diante das críticas, na manhã desta segunda-feira, 26, Fernanda postou uma nova foto do filho dormindo e fez um desabafo sobre os julgamentos que tantas mulheres recebem, especialmente vindos de outras mães: “Para acabar com a polêmica da foto anterior, esse não é o berço do Lucca, isso em volta dele não é um protetor de berço, ele está na minha cama, envolto por um travesseiro de corpo que usei na gravidez para dormir melhor. Ele não dorme assim de lado e a Cali não dorme com ele! Essa fofo foi tirada durante uma soneca da tarde, após a amamentação, na minha cama, sob a minha supervisão o tempo todo. Ele estava de lado porque tinha acabado de mamar e isso ajuda a evitar o refluxo. Durante a noite e a maior parte das sonecas durante o dia, o Lucca dorme no berço dele, no escurinho, de barriga para cima, sem travesseiro, o berço dele não possui protetor de berço – o que, aliás, é dificil de encontrar aqui para comprar. Só vendem uns bem fininhos e o colchão dele agora é inclinado para evitar o refluxo. Aqui nos EUA são superpreocupados com SIDS [sigla em inglês para a Síndrome da Morte Súbita], o hospital em que o Lucca nasceu oferece palestra sobre o assunto, eu assisti quando estava grávida dele”.

Todas essas questões abordadas pela atriz vão ao encontro das recomendações dos especialistas para manter o berço seguro. Muito utilizados antigamente, os protetores de berço hoje são contraindicados. O kit de roupa de cama não precisa ter nada além de um cobertor, um lençol para o colchão e outro para cobrir o pequeno. Deixar o cantinho da criança sem brinquedos, bichos de pelúcia e almofadas também são medidas para evitar o risco de asfixia. E a postura correta ao dormir, pelo menos no primeiro semestre de vida, deve ser mesmo de barriga para cima. 

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“Só quis compartilhar um momento doce com essa foto, mas estou impressionada como as pessoas julgam as mães, não importa se eu parei a minha vida só para cuidar do meu filho sem babá, se eu passei por 18 horas de um parto superdifícil, que no Brasil seria com certeza cesárea, se estou amamentando exclusivamente sem uma gota de fórmula por 4 meses… Parece que vão sempre achar um jeito de criticar uma mãe, as pessoas realmente não percebem que não existe ninguém nesse mundo mais preocupada com o meu filho do que eu! E é uma pena não poder compartilhar mais, porque aprendi muito até agora com outras mães, na internet, em grupos de mães e isso só foi possível porque elas compartilharam”, concluiu Fernanda.

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Esclarecendo a foto anterior, que levantou um assunto importante, SIDS Sudden Infant Death Syndrome, Síndrome de morte súbita de bebês de 0 a 1 ano. Aqui nos EUA esse tema é super falado, no hospital em que o Lucca nasceu, em todas as aulas pré natal eles alertavam para a SIDS. Eles sugerem que os bebês durmam a noite num berço com colchão firme, sem protetores de berço, travesseiros ou cobertores e de barriga para cima. Tudo isso para evitar risco de sufocamento. Desde que o Lucca nasceu, por medo e precaução ele dorme a noite no berço como recomendado. Essa foto fofa foi tirada durante uma soneca da tarde, após o mamá, por isso ele está de ladinho para evitar o refluxo, ele está na minha cama envolto por um travesseirão de corpo que usei na gravidez, inclusive aqui é difícil de achar para comprar aqueles protetores de berço gordões, só existem uns bem fininhos. Me parece claro na foto e escrito na legenda que ele estava tirando uma soneca sob minha supervisão, pois eu estava ali o tempo todo babando e tirando fotos enquanto ele e a Cali cochilavam. Só quis compartilhar um momento doce com essa foto, mas estou impressionada com a facilidade que algumas pessoas têm para dizer que uma mãe está sufocando ou asfixiando seu próprio filho. Confesso que só as palavras sufocando e asfixiando por si só já apertam o coração de uma mãe de um recém nascido. E peço para que por favor antes de escreverem algo assim, mesmo que na intenção de alertar, pensem que essa mãe sempre sonhou com esse filho, lutou contra a endometriose para gerar esse filho, o carregou na barriga por 40 semanas, sofreu por 18 horas num parto super difícil que no Brasil com certeza teria sido cesárea, segue na luta para amamentar exclusivamente sem 1 gota de fórmula por 4 meses, e largou tudo só para cuidar desse filho sem babá ou empregada, percebam que não existe ninguém nesse mundo mais preocupada com esse filho do que a própria mãe! #maternidadereal #sermãe #menosjulgamento #maisamor 💙💙💙 Photo by mom

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Críticas como essa não são novidade no universo materno. Inúmeros são os relatos de mulheres que são bombardeadas por conselhos – muitas vezes nada construtivos – desde o momento em que o teste de gravidez dá positivo. E quando o bebê nasce, os palpites só aumentam. No entanto, apesar de as vivências serem diferentes, as escolhas de cada mãe devem ser respeitadas. O Bebê.com.br acredita tanto nisso que recentemente lançou a campanha #SomosTodasMães, por uma maternidade com mais respeito e menos julgamentos. Afinal, trocar experiências é sempre válido e as mães só têm a ganhar, mas é importante entender que cada uma vai descobrir a melhor maneira para estabelecer uma rotina com seu filho. Você também apoia essa ideia? Entre nesse movimento e compartilhe a hashtag #SomosTodasMães.

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