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Bichos de estimação: como encontrar um cachorro para o seu filho

Além de encher a casa de alegria, conviver com um cãozinho traz inúmeros benefícios. Mas é preciso escolher o pet ideal para evitar certos riscos.

Por Ana Castanho (colaboradora)
Atualizado em 23 fev 2017, 19h32 - Publicado em 19 Maio 2015, 04h05

Salvo raríssimas exceções, não há criança que não peça aos pais um bichinho de estimação. E o cachorro está no topo da lista de preferências. Além de bonitinho, é um animal alegre e que interage com os donos. De fato, conviver com pets é muito importante para o desenvolvimento humano. Segundo a veterinária e presidente do Projeto Pro-Animal, Ursula Strauch, “foi comprovado que crianças que recebem educação para respeitar um animal apresentam um melhor desempenho na escola”. Mas incluir o novo membro na família requer responsabilidade. Conta-se, então, com a disposição dos pais.

De acordo com a psicóloga Tatiana Russo França, de São Paulo, ao conviver com um bicho, a criança percebe como seu comportamento o afeta e vice-versa, aprende sobre a importância de cuidar de um ser vivo, sente alegrias e tristezas, fica preocupada, excitada, enfim, vivencia todos os aspectos de uma relação. Essa interação favorece conversas e aprendizados muito interessantes para o pequeno, desde que haja um adulto atento para aproveitar a oportunidade.

Divisão de responsabilidades

Tatiana explica que não há uma idade certa para a criança ganhar um cachorro. O importante é que os pais ou adultos responsáveis estejam atentos a cada situação. “Se a criança for muito pequena, o cuidado deve ser permanente, embora seja raro um cão bem tratado atacar ou morder uma criança”, avisa.

A psicóloga também reitera que a criança pequena não pode ser considerada responsável pelo cão. “Ela pode, no máximo, ajudar com os cuidados. Já uma criança mais velha pode ficar sozinha com o cachorro e se responsabilizar por alguma tarefa específica, caso o desejo de ter o animal tenha partido dela”.

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Perigo versus educação

Em relação aos riscos do convívio entre cães e bebês, podemos citar, principalmente, alergias, mordidas e a possibilidade de a criança machucar o animal. Para preveni-los, é muito importante que os pais fiquem atentos e eduquem de forma correta, tanto o filho quanto o cão, para que ninguém saia ferido. “Se a criança começar a machucar o bicho, vale investigar questões emocionais mal resolvidas”, alerta Tatiana. Já no que se refere a alergias, o melhor procedimento é observar e procurar um pediatra, caso a criança manifeste sintomas.

Filho, você quer um cachorro?

É importante frisar que a vontade de ter um cachorro deve surgir de modo espontâneo. “Uma vez que a criança expresse esse desejo, deve-se conversar sobre seus motivos. Se for por divertimento e pelo prazer de conviver com um animal, é muito válido. No entanto, caso a criança esteja se sentindo sozinha, é preciso ser mais cauteloso. A presença humana deve vir sempre em primeiro lugar. A ausência de uma criança para brincar pode estar por trás da carência. Ou, pior, a falta de uma presença humana significativa, que traga segurança e confiança”, alerta Tatiana.

O que levar em conta na hora de adotar o bichinho

Os pais precisam assumir a responsabilidade de todo o trabalho que o animal impõe, inclusive sua educação. E devem cuidar para que a criança não se machuque. Também é importante que fiquem sempre atentos e disponíveis para conversar sobre possíveis angústias ou situações que a criança viva em decorrência de sua relação com o cachorro (por exemplo, em casos em que o cão chora, não obedece, fica doente ou morre). Na melhor das hipóteses, todos os membros da família devem querer a companhia do cãozinho. Caso contrário, poderão surgir problemas na hora de educá-lo.

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Qual o cão ideal para o seu filho?

Será que existem raças mais ou menos apropriadas para conviver com crianças? A veterinária Daniela Prette, de São Paulo, não aconselha às crianças muito novinhas aquelas raças de porte pequeno, como Yorkshire, Maltês ou Spitz Alemão, por serem muito sensíveis à queda. “Criança gosta mesmo é de cachorro que brinca! Então, os maiores são melhores. Golden Retriever e Labrador, por exemplo, além de serem mansos, têm muita paciência com criança”, diz a profissional.

Boxer, Beagle e Pug também são bastante indicados, principalmente por serem extremamente dóceis. Já o Chow-chow, o Shar-pei e os Dálmatas são, normalmente, agressivos, segundo a especialista. “Mas todos os cachorros podem se adaptar à criança. Tudo depende da educação. Qualquer raça pode ser agressiva ou amável, dependendo de como é condicionada”. Já para bebês, são recomendadas raças mais delicadas e calmas, como o Dinamarquês, por exemplo.

Os pais ou responsáveis devem levar em conta o espaço que possuem em casa para criar um animal e a importância de manter a higiene. Também devem se lembrar de que adquirir um filhote é mais fácil, pois ele poderá ser educado desde cedo. Além disso, os mais velhinhos têm menos paciência e disposição para brincar.

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Para cada idade, uma alternativa

Selecionamos as raças mais comuns, listamos suas características predominantes e classificamos de acordo com a faixa etária da criança. Agora, é só refletir sobre as orientações anteriores, escolher o bichinho e levar o melhor amigo para casa!

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