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Mãe que era contra vacinas se arrepende por não imunizar os filhos

Ao ver suas três crianças infectadas por rotavírus, americana lamentou por não ter pesquisado melhor sobre o assunto. Saiba mais!

Por Carla Leonardi (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 08h03 - Publicado em 28 set 2016, 15h52

Se você tem o costume de conversar com outras mães de crianças pequenas ou de participar de fóruns de maternidade, já deve ter ouvido alguém dizer que não leva seus filhos para tomar vacina porque não acredita na imunização ou, pior, porque acha que ela faz mal. Infelizmente, depois de tantos anos levados para erradicar doenças como a varíola, o sarampo e a poliomielite (paralisia infantil), essa tendência tem se mostrado cada vez mais forte. Foi por acreditar nela que a professora Kristen O’Meara, de Chicago, Estados Unidos, manteve seus três filhos longe da agulha e das gotinhas. O resultado, porém, passou longe do que ela esperava.

Apesar de acreditar firmemente nas pesquisas antivacinação, foi quando se deparou com todas as suas crianças doentes ao mesmo tempo que Kristen começou a se questionar. “Foi horrível e aquilo não precisava acontecer, porque eu poderia ter levado meus filhos para vacinar. Eu me sinto culpada. Eu me sinto realmente culpada”, disse em entrevista à ABC News. Os pequenos foram contaminados por rotavírus e sofreram uma séria diarreia.

Kristen contou ainda que havia pesquisado “tudo” sobre como as vacinas podem ser prejudiciais e que tinha ficado muito convencida a esse respeito. Por isso, escolheu evitá-las. “Eu coloquei minhas crianças em risco. Eu gostaria de ter pesquisado mais os dois lados antes de elas terem nascido”, disse ela. Agora, depois de um intenso tratamento para colocar a vacinação em dia, as crianças – todas com menos de 7 anos – estão devidamente imunizadas.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, a vacinação é recomendada para praticamente todas as crianças. Ainda assim, um estudo publicado no mês passado mostrou que o número de pais que se recusam a vacinar seus filhos está aumentando – de 75% de pediatras que, em 2006, afirmaram ter pacientes que rejeitavam a imunização, o número subiu para 87% em 2013. Ainda de acordo com esse estudo, entre as principais razões apontadas por esses pais estão a crença de que a vacinação é desnecessária e até de que ela estaria ligada a casos de autismo. É importante lembrar, porém, que essa relação foi muito difundida com base em uma pesquisa comprovadamente fraudulenta.

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e tantas outras instituições têm divulgado o quanto as vacinas são importantes, seguras e necessárias não só para a proteção das crianças individualmente, mas para a imunização das comunidades e erradicação de doenças. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde é conhecido pelas intensas propagandas para levar as campanhas de vacinação ao conhecimento de todos, procurando desmistificar as informações equivocadas que vêm sendo difundidas nos últimos anos.

 

    

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