Continua após publicidade

É verdade que não pode ter plantas no quarto do bebê?

Além de deixarem a decoração ainda mais bonita, as plantas são ótimas aliadas para manter a temperatura e a umidade reguladas dentro do ambiente.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 24 jul 2020, 20h52 - Publicado em 21 jul 2020, 17h46

Os nove meses de gestação são regados de muitas mudanças e, entre elas, está a dos ambientes da casa, que são revistos para garantir a segurança do bebê e o acolherem com muito carinho. O principal deles é o quartinho do pequeno, que se torna uma tela em branco para os pais escolherem cada detalhe da decoração.

Na busca por referências nas redes sociais, muitas tendências surgem e uma bem forte para este ano é o urban jungle ou algo como “floresta dentro de casa”. Perfeita para quem ama ambientes com muitas plantas, a ideia é juntar diferentes espécies e vasos, onde o verde unifica a decoração. Mas será que a ideia é segura para quem tem bebês em casa?

Por muito tempo, criou-se no imaginário das pessoas que ter plantas no quarto não é bom, porque elam poderiam roubar o oxigênio do ambiente, especialmente dos bebês. Mas o professor de biologia Marcelo Perrenoud, do Anglo Vestibulares, explica que a justificativa não passa de um mito ingênuo.

“Na presença de luz, as plantas realizam o processo de fotossíntese, absorvem gás carbônico e liberam oxigênio. Na ausência de luz, as plantas realizam apenas a respiração celular, em que consomem um pouco do oxigênio que liberaram durante o dia”, detalha o professor.

Para nível comparativo, Marcelo esclarece que a quantidade consumida de oxigênio por um vegetal de médio porte é muito menor do que a de animais de estimação, como gatos e cachorros. Mas fique tranquila, porque isso também não significa que os bichinhos vão prejudicar a respiração do bebê.

 

Mas e se der alergia?

Outra preocupação que pode surgir entre os pais é o receio de que as plantas possam causar algum tipo de reação alérgica na criança. Neste caso, o alerta da pediatra Lilian Zaboto, membro da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm), é apenas em relação ao pólen. 

“Existem flores que liberam o polén, que pode causar alergia respiratória. Neste caso, os pais devem pesquisar qual tipo de flor poderiam ter como enfeite ou receberem no quarto da maternidade, mas somente isso. Não há nenhum problema em ter flores ou plantas no quarto do bebê!”, reforça a especialista.

Sinais como espirro e coriza constantes apenas no ambiente em que está a flor podem acender a luzinha de atenção entre os pais. Entretanto, a pediatra lembra que os responsáveis pela alergia podem ser outros elementos da rotina do bebê, especialmente aqueles que estão em contato direto com ele. Como maquiagens da mãe, perfumes dos pais, amaciantes, colônias usadas no próprio recém-nascido e até mesmo fórmulas lácteas quando não há amamentação exclusiva.

Vale lembrar também que em crianças com problemas respiratórios causados pela secura do tempo, as plantas podem ser ainda mais benéficas. Segundo Marcelo, o motivo disso é porque elas perdem água pelas folhas, o que ajuda a regular a umidade e temperatura do ambiente. Portanto, dormir pode ficar mais agradável neste quarto!

Continua após a publicidade

Plantinhas amigas da família

As explicações deixaram você mais segura para apostar nas plantas na hora da decoração? Veja abaixo uma relação de cinco espécies que prometem dar um ‘up’ no quarto do bebê e ainda exigem poucos cuidados.

Elas devem ser regadas apenas duas vezes por semana (ou uma, dependendo do clima) e precisam de luz indireta, isto é, apenas que o ambiente seja claro. A curadoria é da paisagista Rayra Lira:

  • Árvore da Felicidade (macho e fêmea)
  • Sansevieria
  • Bambu da Sorte
  • Suculentas
  • Antúrio
Neste projeto, Rayra usou as plantas para complementarem a decoração da estante escolhida pela cliente. (Rayra Lira/Arquivo Pessoal)

Rayra ainda dá uma dica de como expô-las no quarto do bebê: “O legal é deixar a terra da planta à mostra, porque quando ela é molhada traz aquele cheirinho que é apaziguador, tranquilizante”. Fica a dica, pais!

Publicidade