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Os tipos de anestesia do parto

Há dois tipos de anestesia disponíveis: a peridural e a raquianestesia. Entenda cada uma delas.

Por Bruna Stuppiello (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 11h45 - Publicado em 20 Maio 2015, 12h09

Ambas podem ser utilizadas tanto no parto normal quanto na cesárea. Sendo que no primeiro elas são aplicadas em menor quantidade, para permitir que a mulher mantenha a mobilidade nas pernas e, no segundo, são injetadas doses maiores, pois as pernas devem ficar imobilizadas.
 
A raquianestesia normalmente é aplicada quando a dor da mulher é mais intensa, pois seu efeito é instantâneo. “O anestésico é injetado na região lombar entre duas vértebras da coluna por meio de uma seringa e é inserido meio centímetro mais profundo do que é a peridural”, esclarece o anestesista Oscar César Pires, diretor do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
 
Esse medicamento tem duração de cerca de uma hora, portanto, para evitar que o efeito passe enquanto o parto está ocorrendo, os médicos fazem o duplo bloqueio que é a combinação da raquianestesia e da peridural. “Após aplicar a ráqui, coloco um cateter no espaço peridural e vou aplicando este outro anestésico”, explica Pires.
 
A peridural também pode ser aplicada sozinha, mas ela demora cerca de cinco minutos para fazer efeito. No caso desta anestesia, o médico introduz a agulha entre a 3ª e a 4ª vértebras lombar da paciente, mas só injeta o anestésico local quando a ponta dela atinge o espaço peridural. O anestésico chega aos nervos que conduzem os inpulsos de dor. Ali, bloqueia os canais de sódio de suas células, que faz a transmissão por corrente elétrica da mensagem dolorosa. Com a comunicação temporariamente desligada, a parturiente não sente nada enquanto os médicos retiram o bebê.

Anestesia geral
A anestesia geral em um parto cesárea é utilizada apenas quando os bloqueios espinhais, como a peridural e a raquianestesia, estiverem contraindicados. As principais situações em que a anestesia geral é utilizada são cesáreas emergenciais e quando há falha parcial de bloqueio espinhal. “Caso já tivermos começado a cirurgia e o paciente tenha recebido a peridural ou a raquianestesia e continue sentindo um pouco não é possível pedir para ele mudar de posição para aplicar novamente os bloqueios espinhais, então optamos pela geral. Quando ela é aplicada, a paciente irá dormir até a conclusão da cirurgia, então não verá o bebê nascer. Também há o risco de parte dos medicamentos da anestesia geral passarem para o filho e ele nascer meio sonolento. Porém, em pouco tempo o pediatra ou o anestesista irá cuidar disso e a criança vai acordar sem maiores problemas”, explica Pires.