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Cinta pós-parto: os cuidados que as mães devem ter ao utilizá-la

Nem sempre ela é indicada. Saiba qual é a recomendação médica e o que merece atenção das mulheres.

Por Fernanda Maranha
Atualizado em 9 nov 2017, 13h44 - Publicado em 8 nov 2017, 19h56

Após o nascimento do bebê, a barriga demora a voltar à aparência de antes da gestação, por isso muitas mulheres recorrem ao uso das cintas pós-parto na esperança de recuperar o corpo de forma acelerada. Mas de acordo com Rodrigo da Rosa Filho, obstetra da Clínica Mater Prime, de São Paulo, isso não passa de um mito: “A cinta não ajuda os órgãos a voltarem ao lugar ou faz perder peso e flacidez mais rapidamente”. Por esse motivo, o especialista não recomenda esse acessório como rotina.

Na verdade, o grande benefício que a cinta pode oferecer às puérperas é maior segurança para elas se mexerem e se locomoverem após uma cesárea. Outra vantagem é aliviar as dores nas costas que algumas mamães podem sentir. “Ela faz um ajuste de postura, diminui a tensão muscular e por isso faz a mulher andar mais ereta”, esclarece o médico. No entanto, ele explica que a cinta não tem função alguma depois de um parto normal.

No caso das gestantes que fizeram uma cesariana, é preciso tomar alguns cuidados para garantir que a cinta não traga problemas para a cicatrização. O primeiro deles é com o tamanho desse acessório. Segundo o obstetra, se ele for muito apertado pode prejudicar a irrigação sanguínea – o que dificulta o fechamento do corte. “O trauma da cinta ficar raspando na ferida cirúrgica também pode atrapalhar esse processo”, ressalta Rodrigo. Por isso, antes de vesti-lo, o médico aconselha fazer uma proteção – com um curativo ou apenas com uma gaze.

A outra precaução é com o período de uso da cinta. Caso a mãe queira utilizá-la, o obstetra indica que isso seja feito apenas 72 horas após o parto. “O ideal é que se use o mínimo possível, de seis a oito horas diárias – e não mais do que 20 dias depois do parto”, orienta.

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A limpeza do acessório também merece atenção. Se estiver muito úmido, por conta da transpiração, ele pode ser fonte de bactérias e consequentes infecções.

Sobre a flacidez do abdômen, Rodrigo afirma que este é um processo fisiológico natural do corpo, que pode ser auxiliado por outros métodos. E não tem segredo: “O que ajuda mesmo é fazer atividade física e dieta. A cinta causa apenas uma falsa impressão de melhora”, finaliza o especialista.

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