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Tecnologia: métodos a favor da reprodução para quem deseja engravidar

Fertilização in vitro, inseminação artificial, indução de ovulação e outros métodos que podem contribuir para o sonho de ter um filho.

Por Rachel Campello
Atualizado em 28 out 2016, 03h44 - Publicado em 8 jun 2015, 10h51

O desejo de engravidar vem, normalmente, acompanhado de muita ansiedade. Se a gestação não acontece nos primeiros meses de tentativa, a tensão aumenta ainda mais. Os médicos são unânimes ao afirmar que, para um casal jovem (menos de 30 anos) e saudável, que faz sexo de duas a três vezes por semana, a gravidez pode demorar até um ano para acontecer sem que isso indique a presença de um problema. “É preciso levar em consideração que esse casal tem menos de 20% de chance de engravidar a cada mês”, afirma o ginecologista e obstetra Alberto dAuria, diretor clínico do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo. Quando a gestação não acontece naturalmente, a medicina entra a seu favor. Até porque infertilidade não é esterilidade. E mais de 90% dos casais inférteis conseguem gerar um bebê quando recebem o tratamento adequado. Técnicas supermodernas estão cada vez mais disponíveis e baratas para que o sonho se realize. Os principais métodos são:
 
Indução de ovulação: o ciclo reprodutivo da mulher é comandado por hormônios produzidos em diversas partes do corpo. Quando há um desequilíbrio, a ovulação pode ficar desregulada ou até deixar de ocorrer. Para esses casos, essa técnica é indicada. Com hormônios injetáveis ou via oral, estimula-se a liberação dos óvulos. Em seguida, é feito um monitoramento por ultra-sonografia para saber a resposta dos ovários a esses estímulos.
 
Inseminação artificial: após a coleta do sêmen pelo próprio homem, os espermatozóides são preparados em laboratório e, no período da ovulação, injetados dentro do útero. O objetivo dessa técnica é promover o encontro deles com o óvulo, seja driblando problemas no aparelho reprodutor da mulher ou melhorando a qualidade e a agilidade dos próprios espermatozóides. Para aumentar a chance de o embrião se manter fixo no útero materno, a mulher recebe doses de progesterona durante os primeiros meses da gravidez.
 
Fertilização in vitro (FIV): é a famosa técnica de proveta. Ela tem quatro etapas. Primeiro é preciso estimular a ovulação. Depois, aspira-se os óvulos através de uma agulha introduzida no canal vaginal. O processo é feito com anestesia local e sedação. Num terceiro momento, pega-se os espermatozóides para fazer a fertilização do óvulo em laboratório. Se for bem sucedida, o embrião é transferido para o útero.
 
Injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI): é a grande revolução em tratamentos de infertilidade. Ela funciona basicamente da mesma maneira que a fertilização in vitro. A principal diferença é que o espermatozóide é colocado dentro do óvulo por uma agulha com diâmetro quase 8 vezes menor que um fio de cabelo. É indicado para homens que têm baixa quantidade de espermatozóides ou não têm espermatozóides no esperma (apenas no testículo). Para extrair os espermatozóides, há três procedimentos: PESA (do inglês percutaneous epydidimal sperm aspiration), que consiste em aspirá-los do epidídimo estrutura anexa ao testículo com uma agulha fina e anestesia local; TESA (testicular sperm aspiration) que retira os espermatozóides dos testículos também por aspiração; e TESE (testicular sperm extraction) na qual se extrai um pequeno pedaço do testículo para procurar espermatozóides no tecido.