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Vida de casal: como garantir boa autoestima na gravidez

É importante conversar muito com o companheiro e o médico para evitar que a autoestima da gestante seja afetada negativamente.

Por Chantal Brissac
Atualizado em 7 mar 2017, 17h09 - Publicado em 17 jun 2015, 13h31

As mudanças pelas quais o corpo passa podem turvar a autoimagem da gestante durante o período. Há mulheres que ficam inseguras diante da cintura mais larga, o aumento da barriga e o peso extra. “Nesses 30 anos de experiência com casais grávidos, jamais ouvi um comentário que depreciasse o corpo da mulher. Os homens acham as grávidas lindas”, revela o ginecologista Luís Fernando Aguiar.

Não é por menos. “A mulher se torna muito mais feminina na gestação”, ressalta a educadora sexual Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, em São Paulo. Por causa dos hormônios em franca revolução, os seios crescem, os cabelos ficam brilhantes e a pele macia. “E tudo isso pode ser um aditivo para gostar e aproveitar a sensualidade com o parceiro”, diz Maria Helena.

Momento especial

Sem falar que a vagina fica mais lubrificada, expelindo um líquido esbranquiçado. “Isso é um reflexo da maior circulação sanguínea na região pélvica”, explica o ginecologista Alexandre Pupo, do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Essa lubrificação extra somada a um inchaço vaginal que vem à tona nesse período podem favorecer o prazer.

A mulher tem assim uma grande oportunidade para conhecer melhor o próprio corpo. “Fazer amor com sensibilidade, suavidade e a comunicação entre os parceiros, utilizando posições mais confortáveis para a gestante e respirando profundamente, permitem que o ato sexual se transforme em um momento de profundo contato com o bebê”, conta a nutricionista Lívia Penna Firme Rodrigues, autora de dois livros sobre gestação e parto – Lobas e Grávidas e Dar à Luz… Renascer, ambos lançados pela editora Ágora.

Atenção necessária

O mais importante é evitar qualquer tipo de cobrança. Emoções, expectativas e angústias mexem para valer com o casal. E tudo precisa ser levado em conta. “O melhor é aceitar essa fase da vida, às vezes difícil, mas muito rica. E fazer o que é possível. Cada pessoa se comporta de uma forma e é importante respeitar esse momento”, frisa a psicóloga clínica Laura Muller, de São Paulo, especialista em sexualidade pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash).

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