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Doenças crônicas antes da gravidez

Na gestação, o corpo da mulher passa por inúmeras mudanças e adaptações. As que já têm uma doença devem redobrar os cuidados antes mesmo de engravidar

Por Rachel Campello
Atualizado em 26 out 2023, 09h21 - Publicado em 8 jun 2015, 11h01

Para quem é saudável, o desafio da gravidez é grande, pois a mulher vai enfrentar enjoos, ganho de peso, varizes, dores nas costas. Já àquelas que têm uma doença, os cuidados devem ser redobrados e devem começar antes mesmo de engravidar. “As doenças não são fatores de impedimento”, afirma Alberto d´Auria, diretor clínico do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo. “Mas é importante avaliar os riscos para a gestante e para o feto”, recomenda.

Doenças da tireoide

Como os hormônios da tireoide são essenciais para o desenvolvimento cerebral do bebê e para a manutenção da gravidez, é necessário e seguro que a mulher com esse problema e que deseja engravidar continue a tomar a medicação. O médico precisa, no entanto, adequar a dose conforme a gravidez avança.

Diabetes

O controle deve ser rígido antes de engravidar e também durante os nove meses de gestação. A grande quantidade de glicose no sangue nas primeiras semanas pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar malformações por isso é de extrema importância planejar a gravidez. Além disso, quando a glicose está alta para a mulher, ela também está elevada para o bebê, o que o obriga a produzir mais insulina. Esse desequilíbrio pode provocar hipoglicemia na criança ao nascer.

Hipertensão

Mulheres que têm pressão arterial elevada antes de engravidar devem seguir um acompanhamento médico rigoroso durante os nove meses. Isso porque se a pressão se mantiver elevada durante a gravidez, o parto pode ser antecipado para não prejudicar a saúde do bebê nem da mãe. Existem muitos remédios para controlar a hipertensão que podem ser usados durante a gestação.

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Epiléticas

Estudos mostram que as mulheres portadoras de epilepsia podem gerar e dar à luz um bebê com saúde. Elas só estão mais sujeitas às náuseas e aos vômitos. Os especialistas alertam, no entanto, que a gravidez deve ser planejada com antecedência para que a medicação seja adaptada. Muitas pacientes controlam a doença com uma combinação de drogas. O ideal é usar apenas uma. Além do ácido fólico, a gestante também precisa de suplementos de vitamina K, pois alguns remédios prejudicam a sua absorção. E a carência desse nutriente pode provocar hemorragia no bebê.

Obesas

Para essas mulheres, o risco de desenvolver hipertensão ou diabete durante a gravidez é mais elevado. O trabalho de parto também pode se tornar mais complicado, principalmente se for preciso fazer uma cesárea. Mas um dos maiores problemas relacionados à obesidade é a dificuldade para engravidar. Segundo os especialistas, cerca de 12% dos casos de infertilidade são provocados pelo excesso ou falta de peso, uma vez que o tecido adiposo tem interferência no equilíbrio hormonal, principalmente do estrógeno. A recomendação para quem precisa se acertar com a balança é: emagreça antes de engravidar e cuide do peso durante os nove meses. De acordo com o ginecologista Alberto d´Auria, a fórmula para calcular o número máximo de quilos a mais permitidos numa gestação é a seguinte: peso inicial x 5% + 6. Exemplo: a mulher que pesa 50 quilos pode engordar um total de 11 quilos.

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