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10 exercícios de pilates para grávidas

As gestantes só devem praticar pilates com acompanhamento profissional. A seguir, veja os benefícios que alguns movimentos devidamente orientados podem trazer.

Por Thays Prado (colaboradora)
Atualizado em 4 nov 2016, 16h00 - Publicado em 23 mar 2015, 22h11

O corpo muda rapidamente durante a gestação, o que causa desconforto, dores e má postura. Mas tudo isso pode ser amenizado com a prática do pilates. Desde que não haja contraindicação médica, as grávidas podem começar o exercício logo depois do terceiro mês de gestação e manter até o final do sétimo. Os benefícios? A modalidade alonga e fortalece a musculatura, principalmente a de abdômen, glúteos e parte inferior das costas, considerada o centro de força do corpo e responsável pela sustentação da coluna vertebral.

Além de ganhar condicionamento físico e bem-estar e controlar o peso, a gestante que faz pilates ainda tem um ganho extra. Um abdômen mais forte vai facilitar o trabalho de parto. “Nessa hora, o útero se contrai para expulsar o bebê e, por um ato reflexo, a mulher também faz pressão abdominal, que é importante para empurrá-lo pelo canal vaginal. Um abdômen mais forte facilita esse trabalho. Nos momentos finais, há um relaxamento do períneo que permite a passagem da criança”, explica o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, do Hospital Sírio-Libanês. Outra vantagem para levar em conta: “Depois do nascimento, se essa musculatura estiver bem treinada, ela se recupera mais rapidamente”, continua o obstetra.

“Nessa prática, a prioridade é a qualidade e a execução correta dos exercícios e uma das grandes preocupações do instrutor é garantir a postura adequada do aluno. O objetivo não são as repetições excessivas e a utilização de muita carga”, explica Ludmila Pedroso, terapeuta ocupacional e instrutora de Pilates do CGPA (Centro de Ginástica Postural Angélica).

Cuidados que a gestante deve tomar

  • Nenhuma gestante deve iniciar qualquer atividade física sem passar por uma avaliação de seu médico de confiança. Essa é uma condição fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê. Durante o pré-natal, também é importante que a mulher converse com o obstetra sobre sua prática.
  • A duração de uma aula para gestante é a mesma de uma aula convencional (uma hora) e são recomendadas pelo menos duas aulas por semana para que a gestante possa sentir os benefícios da prática em seu dia a dia.
  • Gestantes com placenta prévia ou baixa ou que tenham alguma doença que coloque a gravidez em risco não devem praticar a atividade.
  • Com a gravidez avançada, não é indicado deitar de bruços, pois a posição comprime o útero contra as costas e diminui a quantidade de sangue que chega ao bebê. A mãe também não deve prender a respiração por muito tempo durante o exercício porque o bebê também fica sem oxigênio.
  • As gestantes não devem praticar nenhuma atividade que eleve a frequência cardíaca a mais de 120 batimentos por minuto, pois isso diminui a circulação sanguínea.
  • “Não dispense o instrutor”, orienta o obstetra do Hospital Sírio-Libanês. Por causa da barriga, o equilíbrio da mãe fica alterado e o risco de quedas pode ser maior.
  • “Busque um centro especializado tanto na aplicação do pilates como na formação de instrutores do método”. Essa é a dica da professora Ludmila Pedroso. Também é altamente recomendável que a aluna procure ter aulas com instrutores experientes e conhecimento técnico apurado sobre pilates para gestantes.