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18 dúvidas de beleza que as grávidas têm

Pode retocar as luzes? A depilação com cera está liberada? E o uso de esmaltes? Esclarecemos essas e outras perguntas das futuras mamães.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 31 out 2016, 17h03 - Publicado em 3 jun 2015, 17h42

Corpo

1. Quais cosméticos anti-idade grávidas devem evitar?

O ideal é se manter longe de produtos à base de ácido retinoico ou retinol, derivados sintéticos da vitamina A. “Alguns estudos mostraram que, quando usada via oral, essas substâncias podem causar malformação fetal”, revela a dermatologista Tatiana Steiner, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Por isso, antirrugas de uso tópico também não são recomendados.

Outros componentes que merecem atenção especial são a hidroquinona, o ácido kójico e o arbutin, presentes em cosméticos clareadores. Olho vivo no rótulo!

Uma alternativa, segundo Tatiana Steiner, são os cosméticos de uso tópico feitos de vitamina C. “Ela é uma das mais usadas na gravidez com segurança”, diz a médica. O nutriente tem uma propriedade de neutralizar radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células. E mais: age também como clareador.

Mas nada de sair tomando vitamina C por aí! “Como a maioria das grávidas toma suplementos, há risco de hiperdosagem da vitamina”, alerta a especialista da SBD. Por isso, antes de qualquer coisa, busque o aval do ginecologista e a orientação de um dermatologista.

2.Todos os hidratantes estão liberados?

Cremes e loções hidratantes podem ser usados sem restrição, a menos que contenham retinol ou substâncias como cânfora, ureia e chumbo. É que a cânfora está associada a uma maior probabilidade de malformações e aborto; já a ureia ameaça o desenvolvimento do feto caso atravesse a placenta; e o chumbo, mesmo em baixas concentrações, oferece um grande risco para a mãe e para o bebê ao elevar a pressão arterial e causar intoxicações na grávida. Para fugir de tudo isso, atente-se ao rótulo!

3. Qual é o melhor óleo antiestrias? A partir de quando ele deve ser usado?

Não existe um tipo que seja mais indicado. Qualquer um que contenha em sua fórmula óleos vegetais – como o de amêndoa ou de uva -, ceramida, vitamina E e dimeticone ajuda a preparar a pele para o aumento da barriga. Para isso, o melhor é utilizar o produto desde o início da gestação.

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Mas lembre-se: só usar o óleo não vai garantir bons resultados. É preciso controlar também o peso. “Mulheres que engordam acima de 15 ou 20 quilos estão mais propensas a ter estrias no final da gestação”, avisa Tatiana Steiner.

4.Pode fazer depilação com cera?

Sim. A única recomendação médica, porém, é que o método seja evitado no período final da gravidez, a partir da 34a semana. “Retirar os pelos da região pubiana aumenta o risco de infecção na cicatriz do parto”, esclarece o ginecologista e obstetra Cláudio Bonduki, professor do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

5. A drenagem linfática é uma boa?

Essa técnica de massagem que direciona o excesso dos líquidos do corpo para os gânglios linfáticos é bastante recomendada para gestantes. “Além de melhorar a retenção de líquido típica da gravidez, ela acaba sendo uma ótima forma de hidratação”, analisa a médica da SBD.

Mas a drenagem não está liberada para qualquer uma, não. Gravidinhas com hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda ou qualquer doença relacionada ao sistema linfático não devem receber a massagem. E mesmo nos casos em que esses problemas não estão presentes, é necessário obter o aval do obstetra para dar início às sessões.

6. Creme redutor de celulite pode ser aplicado?

Não. “Esses produtos contêm substâncias que podem acabar intoxicando o neném”, adverte Bonduki. A melhor opção para tratar os furinhos na pele durante os nove meses de gestação é a drenagem linfática – desde que o seu médico esteja de acordo com isso, é claro.

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7. Pode descolorir os pelos do corpo?

O ideal é evitar. Isso porque não há garantias de que as substâncias químicas usadas no processo não oferecem risco ao bebê. Para completar, como todo o organismo da mulher está mais sensível, a tendência a alergias e irritações é maior.

Rosto

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8. O que pode ser usado para tratar as espinhas?

Esse é outro problema que não deve ser resolvido sem a orientação de um ginecologista e de um dermatologista. “O primeiro passo é procurar tratar as espinhas com sabonetes especiais e loções secativas”, conta Tatiana Steiner. Caso esses métodos não funcionem, aí, sim, outras opções terapêuticas podem ser aplicadas. “Estão liberados após o primeiro trimestre da gravidez o ácido azelaico, a eritromicina e o peróxido de benzoila”, enumera a especialista.

9. Algum sabonete específico para o rosto precisa ser evitado?

Ao longo de toda a gravidez, não lave o rosto com itens à base de ácidos, em especial o salicílico. Embora nenhum estudo em humanos tenha comprovado os riscos que ele oferece, trabalhos com ratos mostraram que a substância provoca alterações embrionárias em qualquer fase da gestação. Por isso, dê preferência para os sabonetes neutros.

10. Todos os filtros solares são indicados?

Não há restrições a filtros solares, ao contrário: a recomendação é abusar deles, já que a grávida tem maior tendência a manchas na pele. Prefira aqueles que protegem contra os raios UVA e UVB. “No caso das gestantes que têm mais alergia, o ideal são os protetores físicos, que não apresentam tantas substâncias com potencial alérgico”, prescreve Tatiana Steiner. E lembre-se: nada de se expor ao sol entre as 10h e as 16h!

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Maquiagem

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11. Quais demaquilantes e tônicos usar?

O melhor é evitar, de novo, produtos com o tal ácido salicílico, associados a prejuízos ao desenvolvimento saudável do bebê na barriga. Aqueles que não tenham a substância no rótulo estão liberados. “Uma boa opção é a solução micelar, que não tem corantes e parabenos e, por isso, remove impurezas e maquiagem sem ressecar e irritar”, indica a médica da SBD.

12. Devo ficar de olho em algum componente de maquiagens em geral?

Elas não costumam oferecer perigo para as gestantes. Só fique atenta se o pó ou a base, por exemplo, tem em sua composição algum clareador ou antioxidante – nesse caso, o melhor é não usar ou consultar o médico. “Uma boa opção são as maquiagens minerais, que são mais naturais e causam menos alergia”, diz Tatiana.

13. Esmalte e acetona podem ser utilizados?

Pintar as unhas das mãos e dos pés não tem perigo. Certifique-se apenas de que os acessórios de manicure estejam devidamente esterilizados. No caso do removedor, não precisa se preocupar também. “Como a pessoa lava depois, ele acaba não sendo absorvido”, explica Tatiana Steiner. Vale checar e você não é alérgica a algum componente do esmalte ou da acetona.

Cabelo

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14. Meus cabelos estão muito quebradiços e ressecados. O que fazer?

Máscaras, óleos, shampoos hidratantes e reparadores de pontas estão liberados na gravidez – período em que é normal os fios ficarem mais frágeis e secos. Caso a mulher note alguma reação alérgica, ela deve interromper o uso e falar com seu médico.

15. Há alguma restrição a shampoos e condicionadores em geral?

Não. “Eles possuem moléculas grandes, que não são capazes de penetrar na pele”, pontua a dermatologista.

16. Tonalizar o cabelo mesmo com produtos sem amônia: pode ou não?

“O único que é aprovado pelas diretrizes médicas é a hena. Qualquer outro pode intoxicar o bebê”, afirma o professor da Unifesp. Mesmo assim, a orientação é esperar os primeiros três meses, período fundamental para o desenvolvimento do bebê na barriga. Outra recomendação é usar o produto o mais longe possível da raiz, no mínimo dois dedos.

17. E retocar as luzes?

Não há estudos que confirmem a segurança das tinturas durante a gestação. Por isso, o melhor é evitar pintar o cabelo ou retocar as luzes, principalmente no primeiro trimestre. De qualquer forma, conversar com o seu obstetra é fundamental.

18.  Pode fazer escova progressiva? Quais as alternativas a ela?

Ela também não é recomendada durante a gravidez. “Existem estudos que sugerem maior risco de leucemia e neuroblastoma pelo uso de tinturas e alisantes”, conta Tatiana Steiner. Sem falar na probabilidade de intoxicação pela presença de substâncias como o formol. O melhor, portanto, é esperar até que o pequeno nasça e deixe de amamentar. Enquanto isso, uma boa opção é fazer a própria escova. Não custa, né?

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