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Saiba quando introduzir o iogurte no cardápio de bebês e crianças

Depois dos primeiros seis meses de vida, entram em cena as comidas pastosas. Porém, iogurtes e petit suisse não são opções tão boas quanto podem parecer. Entenda!

Por Carla Leonardi (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 17h34 - Publicado em 16 fev 2016, 16h33

Durante os seis primeiros meses de vida, a alimentação do bebê se resume ao aleitamento materno exclusivo, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Passado esse período, começa a transição para as primeiras papinhas – fase que pode ser aguardada com bastante ansiedade pelos pais. Aos poucos, o pequeno experimenta novos sabores, texturas, estimula sua mastigação… No entanto, a introdução de novos alimentos ao cardápio da criança deve ser feita com muito cuidado, principalmente em relação aos iogurtes e ao petit suisse (aquele queijo fresco, não maturado, que costuma fazer muito sucesso entre a meninada).  

“Como o iogurte tem proteína intacta, sua digestão se torna mais difícil e, por isso, só deve ser consumido depois do primeiro ano de vida, assim como o leite de vaca”, explica Adriana Servilha Gandolfo, nutricionista do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Depois disso, até os dois anos, o ideal é que sejam oferecidos apenas iogurtes naturais com frutas, sem corantes e sem açúcar. “Após esse período, já é possível dar iogurtes industrializados, mas ainda assim é sempre bom enfatizar a importância de procurar produtos mais naturais. Por exemplo, você percebe facilmente que um iogurte rosa pink tem uma quantidade maior de corantes em relação a outro feito apenas com a fruta”, ressalta.

Embora faça parte do cardápio dos pequenos há anos, outro produto que deveria ficar longe dos bebês é o petit suisse. Como possui corantes e açúcar, ele também só deve ser oferecido depois do primeiro ano de vida, mas a verdade é que esse tem sido um hábito muito difícil de mudar. “Antigamente, as pessoas achavam que era uma boa opção para aquela fase em que o bebê começa a comer papinhas e que era interessante usá-la para variar o cardápio. Mas os anos passaram e hoje sabemos que não é saudável, então temos que batalhar para convencer as mães de que esse não é um produto que faz bem para essa faixa etária”, conta Adriana.

Já para quem costuma oferecer iogurtes como sobremesa, fica a ressalva: isso pode criar um mal hábito. Uma criança que toma um iogurte após o almoço, provavelmente é porque não se alimentou bem durante o almoço ou o jantar. Estimular essa rotina pode incentivar seu filho a comer cada vez menos esperando pelo que vem depois. Portanto, o ideal é servir esses produtos num lanche intermediário e nunca usá-lo para substituir a amamentação ou as principais refeições do filhote. 

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Achocolatados e leite fermentado

Outros queridinhos do paladar infantil, os achocolatados e os leites fermentados são repletos de açúcar – o que também os torna inapropriados para crianças muito pequenas. “Isso não quer dizer que eles não possam ser oferecidos de vez em quando. O leite fermentado pode ser tomado, no máximo, uma vez por dia a partir dos dois anos. Já os achocolatados – que só devem ser consumidos depois dos quatro anos – podem ficar para aquelas ocasiões específicas, como um passeio no parque ou então para acompanhar o lanche da escola uma vez por semana. Mas a verdade é que não temos nenhuma opção adequada de achocolatado no mercado atualmente”, finaliza a nutricionista.

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