Continua após publicidade

“Preparei o enxoval para menino, mas era uma menina a caminho”

Pode não ser tão comum, mas isso acontece. E é sempre uma surpresa para os pais, assim como foi para a mamãe Marília. Conheça essa história!

Por Laís Barros Martins
Atualizado em 19 jan 2018, 14h56 - Publicado em 26 Maio 2017, 17h59

Marília Gomes Bérgamo Boldrin é fisioterapeuta e passou por uma experiência surpreendente: descobriu na reta final da gravidez que o bebê que estava a caminho não era um menino, mas sim uma menina!  Hoje ela é mãe da pequena Gabriela, de 3 anos, e aqui relata como foi receber essa notícia depois de já ter até escolhido o nome do filho, a corrida contra o tempo para os novos preparativos do enxoval e, claro, a felicidade da realização da maternidade – independente do sexo do bebê:

“Tenho 31 anos e sou casada há seis. Após um ano de casamento, o desejo de ser mãe já bateu forte. Depois de algumas tentativas frustradas, em setembro de 2013, descobri que estava grávida. Como toda mãe (ou quase toda), eu contava os dias para descobrir o sexo do bebê. E foi com 16 semanas que o médico disse: ‘É um menino!’. Que alegria! Eu sempre achei que seria mãe de menino – embora ter uma menina fosse um sonho íntimo. O bebê já tinha nome e se chamaria Miguel!

Depois de saber o sexo, lá fui eu preparar o enxoval. Sempre após as consultas, eu passava com meu marido em algumas lojas para comprar roupinhas, o jogo do berço, vários paninhos de boca bordados com o nome do bebê e alguns mimos para o nosso primeiro filho. Mas, apesar da ansiedade, não comprei todas as coisas mais importantes logo no começo da gravidez – o quarto, por exemplo, só foi montado mesmo faltando apenas um mês para a chegada do bebê.

A cada semana que ia ao médico, ficava mais apaixonada por aquele pequeno ser que se formava dentro de mim, sem nem ao menos conhecê-lo. Cada ultrassom era único e a felicidade de ver aquele serzinho se formando e crescendo a cada exame era imensa. Ficava imaginando como seria seu rostinho, sua voz, se seria mais parecido com meu marido ou comigo…

Continua após a publicidade

A gravidez seguia sem nenhuma intercorrência, até que, com 30 semanas, em um ultrassom de rotina, percebi que o médico ficou em silêncio, olhando fixamente para o monitor. Para quebrar o gelo, perguntei: ‘O que foi, doutor? Não vai me dizer que é uma menina?!’. Ele, então, olhou bem nos meus olhos e disse: ‘Sim, é uma menina’. Acho que foi pura intuição de mãe ter feito esta pergunta ao médico. Não sei…

(Divulgação/Arquivo Pessoal)

Era uma sexta-feira de Carnaval. O meu médico nos aconselhou a fazer um ultrassom em 3D para confirmar a suspeita. Mas, quando entrou em contato com o colega que realizaria o exame, descobriu que ele já havia saído de viagem e só voltaria na quarta-feira de cinzas. Assim que saímos do médico, meu marido e eu começamos a ligar para nossos pais para contar a notícia invertida! Também cheguei a fazer uma publicação nas minhas redes sociais para comunicar parentes e amigos.

E o que aconteceu a partir dali foi uma mistura de sentimentos entre felicidade e choque. Foi como se eu tivesse idealizado uma maternidade que não existiu, como se todo esse tempo eu tivesse um bebê dentro de mim, com o qual eu conversava, chamava pelo nome… E ele não existisse mais. Senti como se toda aquela preparação tivesse sido em vão. Chorei um choro sentido por achar que estava rejeitando aquela menina. Mas como seria possível rejeitá-la se eu acabara de saber que ela existia? E o meu amor por aquele menino era tão grande…

Continua após a publicidade

Passado o susto e após fazer mais um ultrassom com outro médico (porque eu continuava com dúvida), me entreguei a um mundo com o qual sempre sonhei! E foi lindo, foi mágico, foi corrido. Afinal, eu já estava no fim da gestação. Como eu e o meu marido havíamos passado por duas tentativas frustradas de gravidez, nós sabíamos que o sexo do bebê era o que menos importava! Ter um filho era o nosso sonho, que por duas vezes havíamos visto esse desejo ir embora.

Nunca passou pela minha cabeça que aconteceria essa mudança de sexo na gestação comigo; a gente fica sabendo de alguns casos, mas ninguém imagina, não é mesmo? No entanto, quando engravidei, já tinha escolhido o nome caso fosse menino ou menina. E foi depois dessa surpresa que veio ao mundo a Gabriela, no dia 24 de maio de 2014. Linda, cabeluda e saudável. Minha princesa está completando três anos, é a minha grande companheira, o meu xodó e eu sei que foi o melhor presente que Deus nos enviou!

Publicidade