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Como lidar com o desenvolvimento da sexualidade infantil

Por volta dos 3 anos, muitas mudanças acontecem com a criança, inclusive a descoberta da sexualidade. Saiba como encarar essa fase de forma natural!

Por Redação Bebê.com.br
Atualizado em 13 jun 2017, 16h57 - Publicado em 4 jul 2015, 13h43

Meu filho tem 3 anos e 10 meses e está com uma mania muito feia de ficar segurando o pipi. O que devo fazer?

“Por que essa mania do seu filho é muito feia? A sexualidade é uma função natural dos seres humanos, como todas as outras que possuímos. A criança não tem a mesma malícia que o adulto. Por volta dos 3 anos, muitas mudanças significativas acontecem na vida dela e a descoberta de sua sexualidade é uma delas”, explica a psicopedagoga Larissa Fonseca. É uma fase em que já não usam fralda, que estão se descobrindo, e ao se tocar, percebem o prazer que isso causa. “No entanto, essa percepção não é a mesma do adulto. Faz parte do desenvolvimento saudável do seu filho todas essas descobertas, assim como andar, falar e comer sozinho. Fique tranquila pois ele não está tendo nenhuma atitude pervertida e nem está vendo esse seu comportamento como algo negativo. Se você o repreender, apenas vai instigá-lo mais e poderá acabar até incentivando uma relação negativa dele com o prazer futuramente, fazendo com que ele relacione o sentimento de prazer e satisfação com complexo de culpa.”

Verifique se não há nenhum motivo clínico para esse contato frequente dele com o pênis. Certifique-se que não há nenhuma irritação, se a fimose não o está incomodando etc. “Se for apenas a exploração natural e saudável de autoconhecimento, deixo duas dicas para você. A primeira delas é: sempre que seu filho fizer isso em locais públicos que cause desconforto nos adultos, simplesmente diga a ele que você sabe que isso deve estar sendo gostoso, mas que deve ser feito em um lugar reservado. Assim como quando ele faz cocô e xixi, brincar com os órgãos genitais não é algo que se faz na frente das pessoas. Assim, você mostra a ele que existe o que é público e o que é privado, não que é certo ou errado, afinal ele não está fazendo nada de errado. A segunda dica é: depois de conversar e explicar, desvie a atenção da criança, pedindo que pegue algo, desenhe ou realize alguma tarefa que utilize as mãos. Assim, ele vai desviar o foco sem ser repreendido.”

Só vale à pena procurar auxílio de um especialista se seu filho apresentar um comportamento compulsivo e ficar apenas com esse contato genital sem demonstrar mais prazer em brincar e demais atividades. “Se esse não for o caso, estimule-o assim como fez para ele engatinhar, andar, falar” completa Larissa.