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Como entreter os filhos durante as férias (sem viajar)

Confira sugestões de atividades e descubra por que brincar é importante para as crianças.

Por Bruna Stuppiello (colaboradora)
Atualizado em 4 nov 2016, 07h44 - Publicado em 20 Maio 2015, 22h16

Quando as férias se aproximam é comum os pais ficarem aflitos. Neste período, a criança não frequenta a escola e, geralmente, os chefes da casa precisam trabalhar no recesso escolar. Sem viagem programada, sempre vem a pergunta: “o que vou fazer com meu filho nestas férias?” Pensando nisso, criamos este guia com atividades. Também conversamos com a psicóloga Jéssica Fogaça e a terapeuta ocupacional Teresa Ruas que falam sobre a importância do brincar na vida das crianças.

Entretendo a criança dentro de casa

Nas férias, é comum que as crianças brinquem sozinhas dentro de casa, mas a psicóloga Jéssica Fogaça sugere: “Os pais podem dar algumas ideias e esperar que elas elaborem suas próprias atividades. Conforme as crianças são incentivadas a elaborar suas próprias atividades, elas vão ganhando autonomia para desenvolver as brincadeiras”.

Programas em família

Muitos pais trabalham no período das férias escolares, mas mesmo assim é importante que eles achem um tempo para ficar com os filhos. “Isso ajuda a estreitar o vínculo da criança com a família”, ressalta a psicóloga. Aos finais de semana, os pais podem se dedicar a fazer programas com os filhos. “Nessas atitudes, a criança percebe que os pais gostam dela, que eles fazem isso por ela”, afirma Jéssica. Mas não se esqueça: é importante que os pais se envolvam com a criança. “A atenção exclusiva com a criança é muito importante, pois isso acalma e a faz entender que aquele é um momento especial”, adverte a profissional.

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Brincando com outras crianças

É muito importante que a criança se relacione com outras crianças fora do vínculo escolar. “Essa convivência a ajuda a aprender brincadeiras, entender o limite do amiguinho, esperar a vez dela para brincar. Além disso, ajuda a criança a perceber os outros tipos de regras sociais que cada ambiente tem e o poder da socialização aumenta”, revela a psicóloga. Por isso, é interessante que os pequenos recebam e sejam recebidos nas casas de amigos.

“Existem regras diferentes na casa de um colega e, naturalmente, a criança aprende a maneira de se comportar em outro lugar, onde as regras são diferentes da sua casa”, explica Jéssica. “Nesses encontros estabelece-se uma relação social e pessoal, os conceitos de igualdade, fraternidade e solidariedade são aprendidos com o contato com o outro. Isso, nenhum computador, televisão ou videogame faz”, adverte a terapeuta ocupacional Teresa Ruas.

Atividades manuais

Deixar que a criança exerça suas habilidades manuais é essencial para seu crescimento. “Além de desenvolver o aspecto motor e cognitivo, o aspecto afetivo e cultural também vão se desenvolver. Em todo momento em que a criança estiver envolvida em ações de criatividade e livre expressão, ela vai se desenvolver globalmente”, adverte a terapeuta ocupacional Teresa Ruas. Para a profissional, essas atividades são importantes porque não têm uma cobrança de desempenho, diferente do ambiente escolar. “O importante, nesse caso, é o processo das atividades e não necessariamente o resultado final”, afirma a terapeuta.

Reciclando, transformando

Transformar objetos em brinquedos, por exemplo, é muito válido. “O processo dessa transformação é muito importante para o desenvolvimento cognitivo e criativo da criança. Ela consegue perceber a transformação do produto em algo lúdico”, afirma a terapeuta ocupacional Teresa Ruas. Como muitas dessas atividades envolvem a reciclagem, elas ajudam a criança na percepção social e ambiental.

Esportes

É importante incluir esportes na rotina das crianças mesmo no período de recesso escolar. “O esporte ajuda na habilidade motora, nos cálculos, nas regras, no processo de perder e ganhar”, afirma a psicóloga Jéssica Fogaça. A profissional sugere que o pequeno também jogue com crianças desconhecidas, em um parque, por exemplo. “Assim, elas vão ter que seguir as regras oficias do jogo e elas vão ver o quanto interagir é necessário”, ressalta Jéssica. 

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