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Com projeto voltado para crianças, Jairzinho fala sobre a relação com as duas filhas

O músico é pai de Isabela, de 7 anos, e de Laura, que está prestes a completar 4 aninhos. Em entrevista exclusiva, ele revela como a paternidade mudou sua vida e sua carreira.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 31 out 2016, 17h07 - Publicado em 25 fev 2015, 17h18

Inspirado pelo nascimento de sua primeira filha e pelas descobertas que a paternidade proporcionou a ele e à sua esposa, a atriz Tania Khalill, Jair Oliveira lançou, em 2009, o Grandes Pequeninos. No início, a ideia era apenas gravar um CD com as músicas que ele havia composto sobre momentos especiais em família, como a hora de amamentar, os passeios e as dificuldades que pais de primeira viagem enfrentam. Mas a proposta evoluiu e virou um projeto que, hoje, conta com CD, livro, site e até desenhos animados.  

Agora, o Grandes Pequeninos está sendo relançado e mais novidades virão por aí. Além de um segundo volume do CD – que deve chegar até o início de 2016 -, serão lançadas também animações para a TV paga e até uma série online de culinária. “Tem vários desdobramentos dessa iniciativa que se originou com o nascimento da Isabela, se expandiu com a chegada da Laura e, agora, virou um projeto multiplataforma”, comemora Jair.

Abaixo, o cantor fala mais sobre a relação com a família. Confira:

A primeira inspiração para o Grandes Pequeninos foi a sua primogênita, Isabela. Você já tinha intenção de criar algo parecido antes de ela nascer?

A ideia veio já no momento que a gente (ele e Tania Khalill) trouxe a Isabela para casa da maternidade. Partiu dessa coisa completamente nova, capaz de arrastar montanhas, que é o amor de um pai por um filho. Logo que chegamos em casa isso começou a me bater e eu fui fazendo canções para cada momento que vivíamos com ela.

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Que inspirações Laura, a caçula, trouxe para o projeto?

Quando vem o segundo filho é diferente, porque é outro momento. Há muita mudança na dinâmica da família. Mas quanto ao amor nada muda, ele é tão gigante quanto. Pra mim, enquanto compositor, a chegada da Laura fez com que eu tivesse um outro tipo de inspiração. Para o volume 2 do CD do Grandes Pequeninos eu não falo tanto dos momentos do pai com o bebê; exploro mais a interação das meninas comigo, com a família, com a escola, de uma com a outra…

O que mudou na sua vida com a paternidade?  

Mudou praticamente tudo. Quem é pai ou mãe e se dedica sabe que a vida muda completamente – e para melhor! Para mim, mudou a maneira de pensar a vida e até a forma de me cuidar, por conta dessa nova responsabilidade. Psicologicamente, é algo muito forte. Antes de ser pai você fica imaginando que vai ensinar muitas coisas para os filhos – o que é verdade -, mas também aprende muito.

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Como você aproveita o tempo livre com suas filhas? O que gostam de fazer?

Apesar da nossa correria, tanto minha como da Tania, a gente sempre dá muita atenção para elas, tem sempre um de nós ou os dois junto. Elas gostam muito dessas brincadeiras que dizem “ser de pai”, como pular em cima, fazer cócegas… Eu também toco muitas músicas para elas. Aos finais de semana, costumo levá-las a parquinhos, saímos para almoçar, vamos à livraria, ao cinema… Tem também brincadeiras que estimulam a criatividade, como um continuar a história que o outro começa a contar.

Isabela e Laura se dão bem?

Sim. Claro que tem aqueles momentos em que se estranham, mas as duas se dão muito bem! A mais velha é mais observadora, mais quietinha e tem um lado cuidadoso; já a caçula é mais espoleta, mais impulsiva. Mas por isso elas se entendem bem. Isso é bacana.

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Como é para você conciliar a carreira com a família?

Com a correria e essa falta de rotina, que é comum na vida dos artistas, muitas vezes não conseguimos vê-las todos os dias, mas a gente sempre se revezou muito bem nessa coisa de estar perto. Elas também entendem bem, pois já sabem, desde pequenas, que os pais vivem em função de viajar e ficar um tempo afastados. Mas nunca deixamos longos períodos sem estarmos próximos. A gente consegue conciliar bem.

Pela sua experiência, quais são as maiores dificuldades na educação dos filhos?

Eu acho que a maior dificuldade é não prestar atenção. Muitas vezes, a educação correta vem de prestar atenção tanto em você quanto no seu filho. Não tem que ter essa prepotência de achar que você sabe tudo e o seu filho não sabe nada. Sempre tem que pensar com humildade.

A música faz parte da educação da Isabela e da Laura?

Sem dúvida, sempre fez! A gente não tem essa diferenciação de que a arte é um tipo de educação e as demais matérias, outra. Tudo faz parte. A gente valoriza bastante o papel das artes e não só da música, mas também do teatro e de outros tipos.

Você e a Tania planejam ter mais filhos?

Nesse momento, não. Eu vou fazer 40 anos em março, a Tania está com 37. Já não é mais uma idade em que pensamos em aumentar muito a família. A gente já tem a nossa felicidade completa com as nossas duas filhas. Mas nunca se sabe… 

 

 

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