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17 razões por que amamentar é construir um mundo mais sustentável

Em 2016, a Semana Mundial do Aleitamento Materno discute a relação entre a amamentação e a sustentabilidade. Acredite: o elo entre essas duas causas é bem forte!

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 8 fev 2017, 17h00 - Publicado em 29 jul 2016, 16h16

Garantir benefícios de curto a longo prazo para a saúde da mãe e do bebê é apenas uma das muitas vantagens que o ato de amamentar proporciona. Ele também é um dos caminhos certeiros para a construção de um mundo mais sustentável, sabia? Não à toa, esse é o tema da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2016, que acontece entre os dias 1o e 7 de agosto e que é promovida pela rede de organizações World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).

A escolha dessa temática visa mostrar que a amamentação é fundamental para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, uma agenda criada em setembro de 2015 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com a finalidade de executar, até 2030, metas que até agora não foram atingidas pelos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, instituído em 2000 pela mesma entidade.

Entre os 17 tópicos estabelecidos pelo PNUD para os próximos 15 anos estão a erradicação da pobreza, o fim da fome no mundo e a preservação da vida nos oceanos. E acredite: o aleitamento materno pode contribuir, de forma direta ou indireta, para atingir cada um desses objetivos. A seguir, entenda como isso pode acontecer, segundo a WABA:

1. Enfrentar a pobreza

O leite materno não exige custos para o orçamento familiar: ele é produzido naturalmente pelo corpo da mulher que gerou e deu à luz um filho e está disponível a qualquer hora e em qualquer lugar. Durante os primeiros 6 meses de vida, ele é tudo o que a criança precisa para estar bem nutrida e se desenvolver de forma saudável – não importa a condição socioeconômica em que ela se encontra.

2. Fome zero

Rico em vitaminas, minerais, gorduras boas, substâncias anti-inflamatórias, anticorpos e bactérias do bem, o leite materno é considerado o alimento mais completo que existe. Daí porque estudos associam a amamentação à prevenção de diversos problemas na saúde da criança, como câncer, males cardiovasculares, diarreia e infecções. E quanto mais tempo o bebê mamar no peito, melhor: até os 6 meses, o aleitamento deve ser exclusivo; daí em diante (até os 2 anos ou mais), ele deve ser complementado por outros alimentos.

3. Boa saúde e bem-estar

Não é só o bebê que sai ganhando com o aleitamento materno – a mãe também. Pesquisas apontam que, ao amamentar, a mulher reduz a probabilidade de ter uma série de doenças, como tumores nas mamas e nos ovários, diabetes e até Alzheimer!

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4. Educação de qualidade

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O leite materno é rico em DHA, uma fração do ômega-3. Uma de suas principais funções no nosso organismo é participar da formação de células nervosas, de modo a facilitar a comunicação entre elas. É isso que vai garantir, nos primeiros cinco anos de vida, que o cérebro dos pequenos se desenvolva de forma saudável. O resultado? Crianças muito espertas e com facilidade para aprender novas coisas!

5. Igualdade de gênero

Ao serem amamentados, meninos e meninas recebem as mesmas condições para se desenvolver no início da vida. Não há distinções, preconceitos ou vantagens – é todo mundo igual!

6. Água potável e saneamento

Nos primeiros 6 meses de vida, o bebê que mama no peito não precisa nem beber água! O alimento proveniente do peito da mamãe já vem com tudo o que ele precisa e garante a hidratação do pequeno.

7. Segurança de energia limpa

Ao contrário das fórmulas artificiais, produzidas pela indústria, o leite materno é feito pelo próprio corpo – não demanda altas taxas de consumo de energia, de água potável ou combustíveis que poluem o meio ambiente. Tem coisa melhor?

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8. Trabalho decente e crescimento econômico

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Qual mãe não ficará mais tranquila ao trabalhar sabendo que pode dar de mamar a qualquer momento ou que tem um lugar adequado onde ela possa ordenhar seu leite? Sim, garantir às funcionárias (e aos seus filhos) condições de amamentar é ajudá-las a ter um desempenho melhor.

9. Indústria, inovação e infraestrutura

A partir da instalação de salas de amamentação dentro da empresa ou do oferecimento de creches próximas ao local de trabalho, as companhias estarão garantindo, mais uma vez, que as mulheres consigam trabalhar bem.

10. Redução das desigualdades

Imagine se todas as crianças do mundo, não importa em qual país elas nasceram, tivessem a chance de começar a vida recebendo um alimento tão rico como o leite materno, que é capaz de garantir tantos benefícios a curto e a longo prazo. É claro há muitos outros fatores que influenciam no nosso desenvolvimento, mas essa seria uma ótima maneira de assegurar que todos tivessem as mesmas condições de crescer de forma saudável, não é mesmo?

11. Cidades e comunidades sustentáveis

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Não é só no ambiente de trabalho que as mamães lactantes precisam se sentir seguras e confortáveis – nas cidades também! E isso pode ser feito, primeiramente, a partir da proteção à amamentação. Leis que impedem a proibição do aleitamento em público já são um grande avanço. Mas é preciso que todos, governantes ou não, se conscientizem de que esse é um direito sobretudo da criança e que não deve haver punições ou restrições a ele.

12. Consumo e produção responsável

Mais uma vez: a amamentação não demanda grandes estruturas, não polui o meio ambiente e não degrada recursos naturais. Precisa de mais?

13. Ação contra as mudanças climáticas

Calma: ninguém está falando que o aleitamento materno é capaz de evitar o aquecimento global! Mas, em casos de catástrofes causadas pelas mudanças no clima, pelo menos os pequenos não vão passar fome – o leite das mamães estará lá!

14. Vida submarina

Ao comprar uma lata de fórmula infantil, automaticamente estamos gerando resíduos no meio ambiente, certo? E, às vezes, eles vão parar no mar, interferindo na vida marinha. Com a amamentação, nada disso acontece. O leite vai direto pra boquinha do bebê!

15. Vida na terra

O mesmo que vale para os oceanos se aplica ao chão onde pisamos – mais leite materno (e menos fórmulas), menos lixo e poluição na cidade e no campo.

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16. Paz, justiça e instituições fortes

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Como já foi falado, amamentar é um direito da mãe e, principalmente, da criança. Ao assegurar a proteção ao aleitamento materno, são os direitos humanos que estão sendo defendidos e garantidos.

17. Alianças para atingir objetivos

Nas palavras da WABA, “A Estratégia Global para a Alimentação de Lactentes e Crianças Pequenas estimula a colaboração multisetorial e uma variedade de parcerias para apoiar o desenvolvimento de programas e iniciativas de aleitamento materno”.

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