Continua após publicidade

Cardápio do bebê aos 6 meses de vida

A partir dessa faixa etária, é hora de apresentar ao pequeno os primeiros alimentos sólidos. Pedimos ajuda a um especialista para explicar como deve ser feita essa transição.

Por Paula Desgualdo (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 12h08 - Publicado em 18 Maio 2015, 12h18

Você leu tudo o que encontrou por aí sobre bebês, ouviu os conselhos das amigas e os palpites dos familiares – todo mundo guarda uma dica especial para presentear as mães de primeira viagem. No entanto, em vez de ajudar, tanta informação acabou gerando ainda mais dúvidas. A alimentação da criança, por exemplo, é uma delas. Sabe-se que por volta dos 6 meses é chegada a hora de o pequeno provar os primeiros alimentos sólidos – sem deixar de lado as mamadas, claro. A verdade é que ninguém explica direito como fazer, por onde começar e o que evitar. Pedimos uma mãozinha a especialistas para detalhar o que deve ser feito na hora de oferecer ao filho a alimentação complementar ao aleitamento. Confira abaixo o passo a passo:

1. Comece pelas frutas
A primeira novidade no menu do pequeno são as frutas, que devem ser servidas, incialmente, amassadinhas e em quantidade adequada à criança. A nutricionista Priscila Maximino, do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, do Hospital Infantil Sabará, alerta para a necessidade de observar se a criança apresenta algum tipo de alergia nesse processo. “O ideal é dar a mesma fruta por uns dois dias, observar e, aí sim, oferecer outra”, explica. “Dessa maneira, a criança também aprende a diferenciar os sabores”, destaca o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, da Universidade Federal de São Paulo.

Já os sucos de frutas não são tão recomendados por uma série de motivos, como o fato de não estimularem a interação da criança com o alimento e nem a mastigação, por exemplo. Além disso, Priscila Maximino afirma que “o excesso de suco para crianças acaba tirando a oportunidade de experimentar outros alimentos”.

Aviso: procure respeitar a vontade e o apetite do pequeno. Não insista mais de três vezes se ele virar o rosto e deixe que ele interaja com os alimentos. Lambuzar a roupa e tudo o que estiver em volta faz parte desse período de iniciação à vida de gourmet. “Comida não é remédio. Não tem dose nem hora exatas”, lembra Fábio Ancona Lopez.

2. O primeiro almoço
Um mês de papinhas doces e a criança está apta a degustar sabores salgados. Aqui vai uma receita básica e nutritiva de almoço, que pode entrar na rotina do bebê por volta do meio-dia:

Continua após a publicidade

– Refogue 50 ou 100 gramas de carne, frango ou fígado em óleo vegetal;
– Coloque temperos leves, como cebola, cebolinha, salsinha e uma pitada de sal;
– Acrescente água e dois ou três tipos de vegetais. O ideal é misturar uma folha, uma raiz e um legume. Exemplo: agrião, mandioquinha e cenoura;
– Cozinhe até ficar quase seco;
– Amasse com o garfo e ofereça à criança. Não bata no liquidificador, para que os alimentos não percam as fibras. Se os pedaços de carne ficarem muito grandes, você pode batê-los sozinhos e depois colocar de volta no prato;
– Dê uma fruta como sobremesa.

Lembrete: logo após o almoço, evite oferecer leite. Nessa hora, ele prejudica a absorção do ferro de alimentos como a carne.

3. Hora do jantar
Espere entre duas e quatro semanas para preparar o primeiro jantar do bebê. Ele será praticamente igual ao almoço, mas agora a criança pode também comer grãos como arroz, feijão e lentilha. Ao fim de todo esse percurso, seu filho deverá mamar três vezes ao dia (de manhã, à tarde e à noite), além de fazer as refeições elencadas acima. “Se a criança toma fórmulas especiais em vez do leite materno, o esquema pode ser antecipado. Não é preciso esperar até o sexto mês”, afirma Fábio Ancona Lopez.

Economize tempo: cozinhe cerca de quatro porções de uma só vez. É só congelar e você terá comida para a semana inteira. Para armazenar, não se esqueça de ferver o recipiente – inclusive a tampa e a colher que será usada. Coloque o alimento até a boca do pote, para que não entre ar. Use uma bacia de gelo para resfriar e depois congele.

Publicidade